Poemas de Amor

Preciso de quem me resgate
das labaredas
da paixão ardente
que aprisiona meu
desejo de viver com intensidade
entre labaredas
e paixão ardente
do amor verdadeiro.

Preciso de quem me envolva
em sensações
em abraços
que libertem minha
aspiração de saborear
as sensações
e em abraços
do amor sincero.

Desejo que esse alguém seja você
apenas você
e ninguém mais.

Desejo que esse alguém não se afaste
jamais
de mim, do amor eterno.

Afeição - é a emoção
Que surge em um instante,
Verdadeiro, no peito;
São dois olhares inflamados
Juntos, entrelaçados, ligados
Por um encanto perfeito.

Afeição - são ramos
Orvalhados, refrescantes
Nas árvores do quintal;
Distantes ao nascer,
Mas ao crescer, a se encontrar,
E num abraço se entrelaçar.

São espíritos tão alinhados
Que compartilham o mesmo sorriso,
Que sentem a mesma dor;
São cantos de amores unidos,
Duas harpas em harmonia,
Ou versos de igual valor.

Afeição - minha querência,
É melodia de ave,
É o perfume que a flor traz;
São as nuvens de um céu sereno
É o que me inspira teu semblante...
- Afeição - é quase um abraço de paz!

Minha paixão, que alegria é compartilhar este amor radiante contigo!

Por que insistes em me ferir,
se tudo o que faço é para te alegrar?
Por que duvidas tanto de mim,
se em teu mundo meu ser se faz girar?
Por que guardas rancor e ira,
se em nossas veias corre
um amor tão sincero e vivo?
Por que palavras ásperas proferes
da boca que também sussurra
ternuras infindáveis?
Por que evitas meu olhar, se
neles encontrarias a
transparência do meu ser?
Por que proclamas teu amor por mim, mas
afirmas que poderias me apagar da memória?
Por quê? Indago incessantemente.
Contudo, as respostas me escapam.
Por quê? Por que versos tão límpidos e
verdadeiros se entrelaçam
nesta ode?
Por quê? Por que meu coração se
inunda de interrogações?

A herança que portam segue viva e
eterna, pois o coração que zela
transborda afeto e, na essência,
é inescapável
se render.

Lições deixam os confins celestes
e brotam no solo do seu ser, é
melodia de cordas ou nova harmonia
que não
descansa
sozinha.

Objetivos ocultos ou fantasias
de disfarce, são os matizes esquecidos
que caem ou se escondem na outra margem,
resta
nada
além.

Afetos forjados em temores ocos
e nos passos frios, educam-se os
queridos rebentos e até os agregados,
mas não
quem
foge.

Anos fluem e aves planam sem
rumo ou direção, sem oceano ou solo
em ciclos de primavera, de outono
e o tempo voa veloz como a águia
sem jamais levar
o calor que arde no meu e único
coração.

Marés altas se esvaem na
claridade dos mares, nascem nuvens e
folhas de espécies raras
e seu nome é a chama que queima
em meu peito, e na mente
seu olhar incendeia meu
coração.

Cada vez que um pássaro
sussurra canções para mim
sinto-me vivo.

Cada vez que as ondas
espelham o céu em seu bailar
sinto-me vivo.

Cada vez que um olhar
se embrenha na luz do meu
sinto-me vivo.

Cada vez que o amor
me encontra de surpresa
sinto-me vivo.

Cada vez que escolho
o caminho que desejo trilhar
sinto-me vivo.

Inicia-se com um simples "olá" e
evolui para um olhar cúmplice ou
um toque que transmite ternura
mais íntima; é a essência da
amizade, é o amor, pois sem ele
nada tem raiz de verdade.

Um abraço que se oferta e
se eterniza, pois é no dar
que sorvemos o genuíno
sabor do significado da
honrosa e magnífica amizade.

É amizade o que pulsa
dentro de nós e nada além.

É apenas amizade o que
reside no coração.

O coração é um veleiro que parte sem
anúncio ou temor; uma embarcação de
papel portando carinho e zelo, calor
e sonhos que todos almejam abraçar.

E nas águas da sinceridade é o veleiro soberano
em sua jornada pela dama mais ardente de
cada onda que se esconde na costa mais bela
esperando pelo momento do encontro.

Mas o oceano da nostalgia, que desvenda
essa e mais verdades, é o mesmo que submerge
sem clemência aquele que se perde na paixão
de uma existência sedenta por amor e desejo.

Mãe admirável, guerreira incansável,
Sinto orgulho imenso em sua essência,
Tal amor transborda, imenso e intenso,
Anseio por sua amizade eterna e consistente,
E espero refletir o orgulho que merece,
Por cada lição valiosa que me ofertou.

Com bravura e simplicidade,
Nunca permitiu que me faltasse o essencial,
E com lágrimas ocultas, resistiu bravamente,
Enfrentando cada obstáculo com resiliência,
Sua presença é o alicerce de minha vida,
E seu abraço, o refúgio mais seguro.

Em seu mundo, "impossível" não tem lugar,
E desejo que a felicidade sempre a acompanhe,
Que sua determinação nunca se esgote,
Mãe combativa, sonhadora, excepcional,
Mãe que chora, sorri, vive intensamente,
Mãe eternamente amada, minha inspiração.

O amor é batalha
e é calmaria, é tudo o
que age, é força
pronta a ofertar;
ofertar mais
e mais
e mais.

O amor é rio
e é chama que
vaga sem
se achar
ou sem se
entregar se
entregou.

O amor é nós.
O amor é laço que jamais
se desfez.

Sentir amor é um estado sublime,
Que guia quem o busca fervorosamente,
Dando propósito a gestos efêmeros,
E veracidade a sonhos etéreos.

Em uma odisseia de emoções,
Transforma a existência em façanha,
Confiante de que no amor,
A alegria é inevitável.

Entreguei meu coração com toda a certeza,
pois confio que você jamais me fará sofrer!

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Redigir, por exemplo: "O céu brilha salpicado de estrelas,
e tremem, azulados, os astros distantes".
O sopro noturno dança pelo firmamento e entoa.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Amei-a, e por vezes, ela também me amou.
Em noites assim, ela estava em meus braços.
Seus lábios beijei sob a vastidão celeste.
Ela me amou, por vezes, eu também a amava.
Como ignorar o brilho de seu olhar intenso.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Pensar que não a possuo. Sentir que a perdi.
Ouvir a noite ampla, ainda mais sem sua presença.
E a poesia toca a alma como orvalho na relva.
Que importa se meu amor não conseguiu retê-la.
O céu brilha salpicado e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém entoa uma canção. Ao longe.
Minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Meus olhos a procuram, querendo aproximá-la.
Meu coração a busca, e ela não está comigo.
A mesma noite que alveja as mesmas árvores.
Nós, de outrora, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz buscava o vento para alcançar seu ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, sua silhueta límpida. Seus olhos vastos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez ainda a amo.
É tão efêmero o amor, e o esquecimento tão extenso.

Pois em noites como esta, quando a tive entre meus braços,
minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Embora este seja o último pesar que ela me causa,
e estes sejam os derradeiros versos que lhe dedico.

(Pablo Neruda)

A mulher é verso e é voz,
que educa e desejo que persiste,
é vendaval que vai e vem
sem jamais cessar.

A mulher é compaixão e é o
juízo que sempre se mantém, e
é aquele vício tão ansiado,
tão perdido e tão reencontrado.

A mulher percebe como ninguém
outro percebe e ama de maneira
única, como flor em sua
beleza natural e desabrochar.

A mulher absorve tudo e não
esquece nada, pois tudo habita no
coração que impulsiona tudo
e o universo e seus seres.

Amor parte, amor retorna, amor
surge em rebeldia e tudo é oceano
e tudo é grão, e tudo é puro na
convicção de que dois espíritos são
um só ser, uma só nação.

Infinitude, frieza, ardor, paixão
desejo, terra, toque, e um
ósculo eterno e um laço e
um enlace, e o pulsar do
coração, o meu, o teu, o teu.

Amor que persiste eras sem fim
Amor que brota sem findar
Infinitude, frieza, ardor, paixão
Um pulsar do coração
Um pulsar do coração.

Amo você de tal maneira que às vezes
não tenho plena certeza de que não
seja um exagero amar tanto assim
alguém;

meu bem, você é tudo o que
almejo, é a lição e a paixão, o meu
jardim de flores partilhadas;

respiro, amor, respiro por
ter você eternamente no coração
que já foi só meu e hoje é exclusivamente
nosso;

O amor fere e desperta risos em quem
se abre para amar, pronto ou não,
e se entrega de coração.
O amor fere e desperta risos sem
motivo ou talvez com todos eles.

O amor é excesso e paixão
súbita, sob a lua ou o sol a brilhar,
ou na constância lunar ou no abrigo
de um coração partido ou inteiro.

O amor não vive de ar, nem deixa
quem ama respirar, no mais profundo
encanto ou na escuridão mais densa,
ele cobra e suporta qualquer dor ou talvez não.

O amor fere e traz felicidade a quem
se abre para amar, pronto ou não,
e se entrega sem medo.
O amor não fere e traz alegria
sempre, ou pelo menos é o que se espera.

Será que só nós dois sabemos,
deste sentimento oculto que temos?
Uma chama que em mim habita,
pelo desejo intenso que me agita?

Ainda não me acostumei,
Ando e observo ao redor,
Exausto de buscar
E lamentar pelo que não se viveu.

Inatingível,
Mas sempre constante,
Almejando um enredo,
Que só se desenrola na mente,
A fantasia segue fazendo artimanhas,
Jogando com o que se sente.

Como é possível?
Chorar por um passado fictício?
Recordar do que nunca foi,
Simulando ser real,
Que o afeto era recíproco,
E que mesmo de um devaneio distante,
Também posso sentir
Saudade.