Consequências da falta de amor-próprio

A negligência do amor próprio pode ser extremamente nociva para quem a enfrenta. A dificuldade em se valorizar pode, rapidamente, degenerar em inveja ou transformar alguém em vítima.

É essencial aprender a apreciar quem você é, pois somente assim evitará ser explorado por outrem ou que sentimentos negativos sejam despertados por terceiros.
Admire-se, e o que não lhe agradar, empenhe-se para alterar, para se aprimorar.

Você deve ser a figura central da sua existência, seu amor primordial e mais intenso, pois só dessa forma conseguirá valorizar os outros adequadamente. Sua singularidade e mérito são notáveis, mas se não se reconhecer, ninguém o fará. Exalte-se e não permita que alguém diminua seu valor, em hipótese alguma!

Sentir falta do que não experienciei, é viver com um "se" cravado no peito! Contudo, a realidade é que a vida é repleta de "ses". E cada "se" que encontramos, representa um caminho distinto que poderíamos optar para trilhar nossa jornada.

Cada decisão que tomamos é um avanço na vida, é um "se" que se transforma em afirmativa. E mesmo tendo convicção do trajeto que segui até aqui, ao olhar para trás, enxergo cenários pelos quais não andei. E é nesses momentos que me questiono: teria sido esta a melhor escolha?

Começo a fantasiar uma vida completamente diferente, e sinto falta do que não vivi, das rotas que não percorri. Sinto a melancolia do tempo que se foi e não retorna, e o peso de cada passo que dei.

Mas se sinto falta do que não vivi, não é por arrependimento das decisões que tomei. É porque lamento que a vida seja uma via de mão única. Quisera eu poder ir e vir, conforme meu desejo!

O que me consola é poder recordar dos momentos felizes que desfrutei com entusiasmo, e das adversidades e tristezas com mais discernimento. E da falta que sinto do que não vivi, na minha mente crio ficção. O "se" entranhado no peito, liberto pela imaginação, sem remorso ou amargor.

Sentir falta do que não vivenciamos, é o custo de termos a liberdade de escolher nosso próprio caminho. Mas em qualquer situação, viver é sentir falta!

Não me abalam as críticas ou os julgamentos alheios. Sou eu quem arca com as consequências das minhas escolhas de vida. Tracei meu próprio caminho e assumo o custo de cada escolha, dia após dia.

Não me desculpo por minhas atitudes, pois, se pudesse, repetiria cada uma delas. Planejei com cuidado cada passo que dei, e até os desvios me ensinaram a caminhar com mais firmeza.

Admito que houve momentos de medo e incerteza, mas sempre tive a certeza de que a responsabilidade pela minha vida era somente minha. Nas vezes em que tropecei, recobrei forças para me levantar sem ajuda.

Sim, me perdi algumas vezes, me perdi por amores, me deixei levar por ilusões, vivi lágrimas e sorrisos, e por instantes, pensei ter conquistado a felicidade. Contudo, logo entendi que a felicidade é fugidia, sempre escapando para nos motivar a perseguí-la incansavelmente.

Ao se aceitar, você conquista a liberdade, pois dispensa a aceitação alheia. Aceitar-se é amar-se com todas as suas características e imperfeições. É não depender de elogios externos sobre sua beleza, inteligência ou autenticidade.

Você deve ser a primeira a reconhecer suas qualidades. Mais importante, deve ser a primeira a crer na sua própria maravilha. Afinal, se você mesma não acredita, quem acreditará? Reflita! Não permita que a insegurança corroa sua autoconfiança.

Rejeite as palavras de pessoas inseguras e invejosas. Busque a companhia daqueles que lhe fazem bem e distancie-se dos que espalham negatividade e inveja. E pare de se criticar pelo que você não é; valorize-se pelo que você é. Seja amável consigo e perdoe-se quando necessário.

E se alguém não lhe deu o valor merecido, não esqueça que isso não apaga suas qualidades. Talvez essa pessoa não soubesse lidar com alguém tão especial e cheio de virtudes. Talvez essa pessoa não fosse forte o suficiente.

Mas você é forte, lembre-se sempre disso! Lute para manter viva a chama do seu amor-próprio, um amor que deve ser inabalável. Mesmo nos momentos de tristeza, desilusão ou arrependimento, o seu amor-próprio deve prevalecer! Cultive o amor por si mesma hoje, amanhã e para sempre.

Tenha confiança em si. Seja valente e liberte-se das opiniões e julgamentos alheios. Quando cultivamos o amor-próprio, temos força para enfrentar tanto os melhores quanto os piores momentos com coragem e dignidade.

Proceda conforme acredita ser o melhor para a sua vida. Não busque impressionar ninguém além de si. Evite se comparar com outras pessoas, isso não te levará a lugar algum. Pare, reflita e compare-se com quem era no passado.

Aprimore o que for necessário e celebre com alegria todas as suas realizações. Comemore cada vitória! Não tema errar ou parecer tolo. São os erros que nos proporcionam as lições mais valiosas. Cultive seu amor-próprio diariamente.