Amizade no Deserto: Areia para o Conflito, Pedra para a Salvação

Conta-se um belo conto árabe de dois companheiros peregrinando pelo deserto e, em um momento específico da jornada, entraram em conflito. O amigo que se sentiu insultado, calado, riscou na areia: "Hoje, meu fiel amigo me deu um tapa no rosto."

Continuaram a viagem até alcançarem um oásis, onde decidiram refrescar-se nas águas. O que sofrera o tapa começou a se afogar, mas foi resgatado pelo colega. Ao se recompor, tomou um cinzel e gravou em pedra: "Hoje, meu leal amigo salvou-me a existência."

Curioso, o amigo indagou:

- Por que, após eu te ferir, você marcou na areia e agora, que te salvei, gravaste na rocha?

Com um sorriso, o outro respondeu:

- Quando um grande amigo nos magoa, devemos anotar na areia, onde as brisas do esquecimento e da clemência se encarregam de sumir com as palavras. Mas, quando realiza por nós um ato nobre, devemos entalhar na pedra da memória e do afeto, onde nenhuma ventania deste mundo pode apagar.

Havia um escritor que residia numa pacata praia, vizinha a uma comunidade de pescadores. Em um dia de caminhada pela orla, deparou-se com uma silhueta que lhe pareceu dançar. Ao aproximar-se, percebeu que era uma pessoa jovem, ocupada em recolher estrelas-do-mar da areia e, uma a uma, devolvê-las ao mar.

"Por que está fazendo isso?" – indagou o escritor.
"Não vê," – explicou a pessoa jovem – "a maré está baixa e o sol resplandece. Elas desidratarão e morrerão se permanecerem aqui." O escritor ficou perplexo.

"Meu bem, o mundo é repleto de praias e incontáveis estrelas-do-mar estão espalhadas por elas. Qual a diferença que isso faz? Você salva algumas, mas a maioria ainda vai perecer," argumentou o escritor.

A pessoa jovem apanhou mais uma estrela na areia, arremessou-a ao oceano, e, olhando para o escritor, afirmou: "Para esta, fiz toda a diferença!"

Naquela noite, o escritor não conseguiu redigir uma linha sequer, tampouco adormecer. Ao amanhecer, foi ao encontro da pessoa jovem, juntou-se a ela e, juntos, empreenderam o gesto de devolver as estrelas-do-mar ao oceano. Que possamos, então, ser mais um a querer tornar o mundo um lugar melhor!

A amizade é um sentimento inestimável e sem a qual a vida se torna insuportável. A minha, em particular, seria um deserto sem a sua presença especial.

Você é muito importante para mim, mais do que talvez perceba, e o que mais desejo é que nossa amizade nunca encontre seu fim, e sim que seja eterna, que perdure mesmo além de nós.

Sinto gratidão pelo afeto, pelo suporte, pelos momentos compartilhados, seja com sorrisos ou lágrimas; sou grato(a) por tudo, e principalmente por fazer parte da minha vida. Amo você!

Acreditava que a amizade, diferente do amor, era um laço inabalável. Que seus personagens não se alteravam com o tempo. Contudo, você e eu mostramos que não é bem assim. Descobrimos que sem comprometimento e esforço contínuo, até os laços mais fortes se desgastam. Agora, o que resta é a amargura e um vazio pela nossa distância.

Nossa conexão se esvaiu aos poucos, escorrendo por entre os dedos como grãos de areia. Erros cometidos que não conseguimos deixar para trás, ressentimentos que dissemos ter perdoado. Falhamos em manter a proximidade, a confiança essencial e a cumplicidade que nos definia.

O que sobra de uma amizade que se desfez, senão memórias de dias felizes? Mas de que vale remoer essas lembranças se não há desejo de revivê-las? Não quero cultivar rancor por alguém que já foi tão importante. Melhor aceitarmos este afastamento. Guardo a esperança de que, talvez um dia, nossos caminhos se cruzem novamente e possamos reacender a confiança que nos uniu.

São elos eternos que entrelaçam nossas histórias.
São pactos de amor que selamos para sempre.

A doce leveza dos laços de amizade,
flutua nas águas da memória.

Um amigo compartilha emoções,
oferece carinho, dedicação.

Cada amigo é uma pedra preciosa,
um bem valioso que devemos zelar,
no aconchego do baú chamado coração!

O escritório tornou-se meu segundo lar, mas infelizmente, é um lar que divido com colegas pequenos em espírito, repletos de ciúme e inveja. Idealmente, seríamos todos amigos, não é mesmo?

A verdade é que a amizade genuína parece ser um conceito estranho para vocês, mas, ao menos, poderíamos ser colegas respeitosos. Contudo, escolheram a via do conflito! A crítica tornou-se seu esporte favorito. Não percebem, por acaso, que essa inveja não me atinge? Essa inveja apenas ressalta o quanto sou relevante!