Pétalas e Matizes: O Cerne do Viver

As pétalas, os matizes... são eles o cerne do viver.

Sejam pétalas ou espinhos
Dores, amores, ou carinhos
Quando a alma verte lágrimas
Ecoa, clama, e até usurpa
Uma flor, seja dália ou
Espinho sutil e afiado

Sejam pétalas ou abraços
Perfumes leves, espaços
Quando o pensar se esvazia
O oceano em deserto guia
E nenhum ser é suficiente
Para consolar o ardente

Sejam pétalas de matizes
Ou amarguras infelizes
De triunfos sem clemência
Sinto pertença, e na essência
Não és de outrem, só tua
Única, sem ser mais uma

Sejam pétalas ou fragrâncias
Novos brotos, outras ânsias
O ar se alegra, seja com
Magnólias ou flor sem dom
Estar contigo é meu viver
Em cada amanhecer.

As pétalas vão se abrir em cores vibrantes
e os ciclos do sol, do amanhecer ao crepúsculo,
a correnteza dos rios que abriga os peixes,
incessante, e a brisa que guia as andorinhas
e os pássaros pelo céu; as vias sempre
percorridas por passos apressados e o fruto
da videira que, prensado, oferece o vinho
aos que anseiam saborear a existência
no almoço e no jantar;
as pétalas continuarão a se abrir
mesmo após seu último suspiro, mesmo
quando lágrimas marcarem a despedida
daqueles que partem sem adeus;
daqueles que se vão antes do tempo.

E os rios, os mares, o sopro do vento, as vias
e as uvas, tudo persiste suavemente mesmo
quando este mundo você eventualmente deixar.

Hoje, neste alvorecer de maio,
Trago em mãos um cesto de pétalas
Aos guerreiros de cada jornada,
Que carregam o peso da lida.

Àqueles com salários escassos,
Com o estresse a lhes pesar a mente!
Ofereço flores ao trabalhador,
Que labuta com esforço e sofrimento.

Para que não percam o seu lugar,
Fonte de sua merecida paz!
Veem-se ameaças a seu progresso,
Propostas iníquas no parlamento.

Querem usurpar direitos conquistados,
Direitos esses quase ideais!
Visam retirar o abono anual,
Com artimanhas nada leais!

Planejam cortar o amparo na adversidade,
Gerando angústia e desvinculação!
Minha homenagem ao trabalhador
Neste dia de grande comoção!

Que esta singela flor – a sorte,
Traga alento e novo horizonte,
Que não permita a política usurpar o que é seu,
E que a justiça prevaleça, não apenas no adeus!

Hoje é o dia primeiro de maio
Trago em mãos um cesto de pétalas
Aos guerreiros de cada jornada,
Que carregam o peso da lida.

Você não ostenta pétalas, contudo, anseio zelar por ti como a mais delicada flor.
Desprovida de asas, ainda assim, em ti vejo um anjo sempre que meus olhos encontram teu semblante.
Faltam-me palavras para traduzir a plenitude que me envolve ao ter-te em minha existência.
Meu amor, és a mulher com quem almejo entrelaçar meu destino eternamente!

Teus beijos são pétalas macias
que se unem aos meus
Tua língua, majestosa borboleta
pousa, formosa e tentadora, na flor dos meus lábios
a textura de teus beijos são asas de seda
que elevam o voo do meu anseio.
A agitação que tua boca me causa é única,
é o clímax absoluto.

Transfere de ti para mim a essência que sacia
a sede ardente de meus lábios secos.
Silencio apenas para fruir o prazer do sentir.
Eu sou aquele que colhe o néctar do teu beijo em flor.
Meu desejo percorre o caminho,
um trajeto longo e constante.
E as mãos que tremem e se esticam pelo desejar...
tudo isso é despertado por tua boca em mim,
tudo isso teus lábios sabem revelar
não explico, apenas sinto,
Percebo a força sedutora que emana dos teus lábios
leve abertos, desafiadores...
Que me fazem perder a direção em teus abraços...