Convite Amoroso: De Saudade a Namoro Verdadeiro

Tenho consciência de que a distância entre nós é um desafio, e que tudo se torna mais complicado quando não temos o privilégio de nos encontrar diariamente. Sim, tenho plena consciência disso! Mas também estou ciente de que não estou conseguindo me concentrar como deveria, com os pensamentos alinhados como de costume.

Minha mente constantemente se desvia para você, meu coração clama pelo seu nome e só consigo visualizar você ao meu lado. Meu afeto por você é incomum, maravilhoso, único. Topa ser meu par?

São muitas dores... Machucar... Bater... Morrer... Mas saudade - é a maior dor! E, mais doloroso ainda, é a saudade de quem você ama! Da pele. Do cheiro. Do beijo. De presença. De ausência.

Quando o amor acaba, para quem continua amando, resta a saudade! Saudade de não saber. De não saber o que acontece com alguém que você ama...

Saudade de não saber. Não saber o que fazer com os longos dias que sobram!...

É enterrar os pensamentos em coisas vãs... Saudade é chorar ou sorrir numa música... Saudade é o silêncio da ausência.

É não saber... É querer saber... Saudade... é o sempre doer!

A saudade é um pouco como a fome. Só passa quando você come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença não é suficiente: você quer absorver toda a outra pessoa.

Esse desejo de que um seja o outro para uma unificação completa é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

(Clarice Lispector)

O significado do namoro transcende as páginas dos dicionários. Ele vai do suspiro da inspiração à força da atração, do calor da paixão à responsabilidade da posse. Contudo, ao olharmos para o namoro com o coração aberto, percebemos que ele é a expressão sublime de dois seres praticando o amor. Não se trata de um acordo mercantil, pautado em posses, direitos e deveres.

Namorar é um gesto de entrega, é quando alguém encontra no outro a sua metade,
na harmonia dos sonhos partilhados, na conexão física, intelectual e espiritual, e assim se forma o casal.

Namorar é sinônimo de compartilhar, é construir cumplicidade, é celebrar os momentos felizes e oferecer suporte nos desafios, é olhar além dos defeitos e exaltar as qualidades, é ter a consciência de que não apenas escolheu, mas também foi escolhido.

E o mais importante... O namoro não conhece idade ou cronologia, ele simplesmente acontece quando existe Amor!

Hoje resolvi
Permitir que a saudade venha
Permitir que a saudade
me envolva em seu abraço quente
E se lágrimas precisarem cair, que caiam
Talvez entre uma gota
e outra, um sorriso surja
Afinal, a mesma saudade
que fere também conforta
com suas doces memórias

Hoje resolvi
Não fugir da saudade
Vou recebê-la com o coração
e braços escancarados
Vou entoar para ela
nossa melodia predileta
Vou declamar aquele verso de amor
que um dia foi meu presente

Quem sabe ao abrir
as portas do meu lar e do meu peito
A saudade me conceda uma pausa
E se transforme em refúgio
em vez de aflição
Desejo reconciliar-me com a saudade
É necessário reconciliar-me com a saudade
Já que ela insiste em ficar,
não posso mais ignorá-la

Chegue, saudade
Preencha meu espaço tão silente
Ouça minhas serenatas de amor
E meus versos por terminar
Vamos bailar essa dança solitária
E enquanto um novo afeto não vem
Serás bem-vinda aqui.

A saudade não se resume à falta. É, na verdade, a presença marcante de quem não está. A genuína saudade persiste, não se desmancha.

É a recordação que aquece, uma lembrança que por vezes queima, mas jamais esfria ou se extingue. A saudade é essa chama viva, alimentada pela ausência alheia.

O tempo da saudade é invariavelmente o ontem, pois saudade é o anseio de trazer o que foi para o agora e seguir com isso rumo ao amanhã, por toda a existência.

Saudade é o desejo constante de compartilhar o espaço. Não existe maneira mais precisa de descrevê-la. É só fechar os olhos e, se o que mais se quer parece tão inalcançável na realidade quanto em sonho, aí reside a saudade.

A saudade é o anelo eterno pela companhia de quem se foi ou pelo que já se viveu.

A falta que se faz sentir no peito, essa é a saudade. É a carência de alguém ou de algo que ecoa em nosso ser, é a recordação pulsante em nossa consciência, é o instante ido que não mais retorna.

Para extinguir a saudade, existe apenas uma cura: exterminá-la! E a saudade só é vencida quando o que estava distante se faz presente. Em outras palavras, para eliminar a saudade por completo, é necessário aproximar o que nos falta.

Contudo, há coisas que não retornam. Os momentos alegres da existência podem se repetir, mas jamais serão os mesmos de outrora.

As pessoas que partiram para não mais regressar, tornam-se uma eterna saudade, uma saudade que por vezes machuca, mas que com o tempo se converte em uma lembrança doce e feliz, um sentimento nostálgico!

Mas, quando é possível, devemos aniquilar a saudade. A saudade é a única coisa que podemos eliminar sem sentir dor na consciência.